O projeto Ilumina, promovido pela Fundação Iberdrola e cofinanciado pelo programa Interreg POCTEP 2021-2027 da União Europeia, deu mais um passo na sua execução com a conclusão do diagnóstico dos elementos patrimoniais, naturais, históricos, culturais e turísticos dos municípios espanhóis e portugueses que o integram.

Esta iniciativa transfronteiriça, que promove o turismo cultural noturno e valoriza o património histórico e natural, abrange as localidades extremenhas de Valencia de Alcántara, Alburquerque e La Codosera e as portuguesas do Alentejo - Campo Maior, Marvão e Monforte. O seu âmbito de atuação decorre entre 2024 e 2026.

Para realizar o diagnóstico, foram analisados, caracterizados e observados no terreno os elementos patrimoniais dos seis municípios, bem como efetuada uma análise e investigação documental sobre a procura e oferta turística do território e sobre o turismo cultural noturno.
Após o trabalho de campo, foram preenchidas fichas de todos os recursos de interesse, incluindo a sua descrição, justificação de valor, contextualização territorial e socioeconómica, acessibilidade, estado de conservação, ameaças e riscos, e integração em rotas turísticas existentes, entre outros aspetos.

Neste vasto catálogo de recursos figuram desde espaços naturais, albufeiras e sítios arqueológicos até igrejas, castelos, pontes, festas tradicionais, festivais, trilhos históricos e eventos gastronómicos.

O diagnóstico sistematiza um conjunto de recomendações e ações destinadas a potenciar os elementos patrimoniais e a desenvolver produtos e experiências de turismo cultural noturno.
O projeto Ilumina prevê, entre outras iniciativas, a iluminação ornamental de três monumentos do património da Extremadura e do Alentejo: o Santuário de Nossa Senhora de Carrión, em Alburquerque (Badajoz); o Castelo de Valencia de Alcántara (Cáceres); e o Castelo de Ouguela, em Campo Maior, no distrito de Portalegre.

Com estas ações, procura-se um aproveitamento integrado dos recursos do território, assente em parâmetros turísticos e critérios de sustentabilidade, capaz de gerar e projetar uma imagem forte, atrativa e singular, e de se constituir como polo de atração para um perfil de turista que valorize a biodiversidade, o património histórico e a cultura local.

Após as visitas realizadas pelo atelier de arquitetura aos três elementos patrimoniais selecionados, juntamente com os respetivos proprietários, as propostas iniciais dos projetos de iluminação estão a ser atualizadas, de forma a adaptarem-se com maior precisão às características específicas e às necessidades reais de cada local.

Estas alterações permitem uma melhor integração das soluções propostas nos respetivos contextos, reforçando o respeito pelo enquadramento histórico e paisagístico e mantendo o compromisso de evitar qualquer impacto visual ou luminoso indesejado.